segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Curvas e desvios



Uma vez no 10º ano escrevi uma resposta num teste de filosofia em que apliquei a metáfora cliché da vida ser como uma estrada cheia de curvas...a minha estrada era a de Penacova (quem a conhece sabe o quão tortuosa é e de como só os estômagos mais treinados aguentam velocidades superiores a uns míseros 40km/h)! É mesmo assim...curvas apertadas que surgem de um momento para o outro, sem sinalizações, curvas que me fazem reduzir a velocidade na caixa, agarrar o volante com as duas mãos e implorar numa ladaínha interior a todos os santinhos para conseguir segurar o veículo e não entrar num rodopiar cujo fim desconheço...!

Mas nas curvas não tenho outra hipótese...tenho de as fazer, com mais ou menos velocidade, tenho de ter percepção do quão apertada é! O pior é quando surgem desvios...esses sim, implicam o ter de decidir! Eu adoro desvios e estradas contracurvadas (que piada tem uma linha recta???) mas sei que eles, invariável e maioritariamente, me levam a lado algum...Não me importo de andar quilómetros, de cobrir o carro de pó, de passar por buracos...desde que chegue a algum lado!!

E agora...como saber para onde me levam os desvios que surgem à beira da estrada?...E será que quero mesmo seguir por eles...?

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu nao conheço essa estrada de Penacova, mas ja por várias vezes fui desafiado a ir testar-me por lá.
Ao que parece há um circuito de exactamente 71 kms q passa por uma barragem e tudo..
Mas as curvas da vida assustam muito mais que as da estrada.
As da vida são sempre cegas, quase sempre rápidas demais, e muitas vezes impensáveis.
Acabei de dar uma curva, agora vou para a recta seguinte pensar no que aconteceu, e porque não quero que se repita.
Ride the Open Road!

Anónimo disse...

Não sabemos que a estrada que iremos tomar, se em vez de continuarmos no mesmo percurso virarmos à esquerda (ou à direita) será melhor, mais bonita ou mais enriquecedora do que aquela onde insistiamos mas a dada altura é tempo de perceber que por muito que gostemos da paisagem, esta não vai mudar e tão pouco vai o seu destino.

É tempo de encarar a curva como uma recta, de frente, e não ter medo de a fazer. Há que fazê-lo sem dúvidas, sem receios e com fé de que, caso a vista não seja melhor e hajam mais buracos no chão, outras curvas haverão para fazer e outras estradas haverão para conhecer.






E por falar de curvas...que tal estas www.ahtrine.com.br/2007/03/22/nike-aposta-em-curvas-e-danca/ - 43k -