sexta-feira, 13 de junho de 2008
Sudoeste Alentejano
Lisboa, 9 da manhã! Havia aterrado no solo de Lisboa há 2 horas atrás e já nessa altura se avizinhava um dia radiante, afinal às 7.30 da manhã os termómetros marcavam uns agradáveis 20ºc...
Estava ansiosa, queria sair de Lisboa, ir ter com o mar, com a areia da praia, fugir da cidade, sentir o tempo a caminhar e não a correr e por isso nem uma noite inteira de olhos bem abertos me fez sentir sono ao percorrer os quilómetros que me separavam do meu destino - VILA NOVA DE MILFONTES!!
Perdi-me...(obviamente!!) mas gostei de me perder...gostei de "contracurvar" pelas estradas estreitas que serpenteavam entre lugares de nomes jamais ouvidos, de sentir o calor do território alentejano, de absorver com os meus olhos os contrastes de cores: o amarelo esverdeado dos imensos campos guerreavam com o azul de um céu igualmente imenso...
Queria chegar...queria adormecer na praia, queria sentir a brisa na minha pele e arrepiar-me com o morno do sol! Mas ao mesmo tempo queria continuar a conduzir e a descobrir paisagens repetidas e tão únicas (uma antagonia bem sei...): eu, estrada e música - algo de que nunca me canso!!
E chego ao destino (nem vou referir que horas eram quando o atingi...demorei tempo a mais a percorrer a distância que me separava daquele local...mas será o tempo assim tão importante? Não...o tempo tinha ficado esquecido em Lisboa, assim que entrei no carro era eu e a minha vontade de chegar, sem pressas, nem horas...)
Ilha do Pessegueiro...Lembro-me tão bem daquela linha recta traçada em direcção ao mar onde se avista como ponto final a ilha que o cantor acolheu nas suas letras...Lembro-me de a percorrer quando o sol se estendia em tons laranja sobre a ilha...Lembro-me de uma foto tirada pelo meu pai há tantos, tantos anos! E naquele momento quis registá-lo (o momento entenda-se...)
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No dia seguinte entre deambulações por ruas de uma Vila, que só há pouco o tempo o foi, que de Nova nada tem e que de Milfontes nada consta nos catrapázios da história, encontram-se ruas alusivas a funções :p
Agradeço a hospitalidade de quem me recebeu, agradeço o carinho que recebi, agradeço a confiança, agradeço o à vontade que me fizeram sentir...Agradeço todos os dias e mais uma vez os amigos que tenho! E foi tão bom estar...e saber que vou voltar! :)
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11 comentários:
Minha Querida
Não fizesta bem a tua busca acerca da história da referida vila, porque reza a história que :"A origem do seu nome estará relacionada com o grande número de nascentes ou fontes que aqui existiam ou com o efeito provocado pela descida da maré nas paredes do forte de São Clemente, mais conhecido como castelo de Milfontes. A fundação de Vila Nova de Milfontes (inicialmente Milfontes) está intimamente ligada ao rio Mira, que desempenhava um papel fundamental no escoamento de produtos". Mas tens toda a razão no que consta à sua beleza, porque segundo um foral Manuelino:
"Em frente de Milfontes, o Mira alarga-se consideravelmente, para formar um lindo porto sobre o qual se eleva a povoação. É esta uma terra verdadeiramente encantadora, com as suas casas pequenas e muito caiadas , com as suas ruazinhas limpas, com o seu velho castelo quase em ruínas, levantando-se abruptamente sobre o espelho claro do rio, com a sua vista para o mar, com o seu ar fresco, cheirando a algas, e com os seus brejos cercados de sebes e madres-silvas. Lembro-me com saudade desta deliciosa e tranquila aldeia de pescadores."
Alberto Sampaio, 1908
Foral Manuelino
(Torre do Tombo, Casa Forte, Ordem de Santiago, n.º 70, foto J.António Silva)
Muito obrigada pelo esclarecimento caro anónimo! O que me tinham contado era que a vila era vista como a vila das três mentiras...pelas três razões que apontei!
Muito obrigado pela inveja e pela sensação de raiva. A Sala de Revistas também é muito bonita!
E é AP...era um dos espaços mais bonitos para mim na faculdade! E era maravilhosamente fresca e luminosa!
Queres parar?
Típico! Para o Arlindo o mundo é tenebroso e está pejado de monstros terríveis. Para a Madalena, o mesmo mundo é morninho e colorido.
Está tudo na mente, meus caros, ommmmmmmmmmmmmmmm.
;)
Ass. Guru
Se há coisa que o Arlindo é, é congruente. Agora tudo é negro e monstruoso.Nada é bom. Os outros é que se divertem, etc, etc. Depois do dia em que o monstro vai comer-lhe, tudo é diferente. Os outros são uns cortes, uns cotas, ninguém quer sair,bla,bla, bla, bla.
Arlindo. Um pouco de lógica no pensamento faz favor. Nem tanto ao mar nem tanto à serra.
que maravilha! que inveja...
espero que te estejas a divertir. Aproveita!
beijinho grande
E quando voltares, lá estarei!
O balão está sem ar? Ou a crise dos combustíveis afecta também os queimadores do teu balão?
Ai, ai, ai....
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