sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Perseidas pelo ar
Como é que algo tão simples nos deixa tão boquiabertos? É só um risco brilhante que por um segundo, um só mero segundo, atravessa o céu...no entanto, essa estrela que atravessa o céu em acelerado "passo de corrida" consegue soltar "ahhhs" de exclamação entre os espectadores de tão efémero espectáculo que se questionam entre si com vozes plenas de excitação "VISTE-A????"!
Todos nós adoramos um céu pleno de pontinhos brilhantes e quando esses pontinhos brilhantes se movimentam é o delírio.
O mês de Agosto é, anualmente, mês de eleição da "corrida das estrelas" e o Hemisfério Norte é o seu palco e eis as Perseidas, mais conhecidas como lágrimas de S. Lourenço, a percorrerem os nossos céus.
As Perseidas ou Perséiades são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseus. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejectadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem actualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862.
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de Julho, registando-se a maior actividade entre os dias 8 e 14 de Agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajectória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte (informação aqui).
Por isso nariz para o ar e olhos postos no céu...as estrelas cadentes são, cada vez mais, uma raridade :)...passível de ser observada!
terça-feira, 10 de agosto de 2010
3 dias na...
Aterrei às 5 da manhã (hora finlandesa, que acresce 2 horas à hora portuguesa) e a claridade já estava no seu máximo. O céu cinzento prenunciava um sol tímido, demasiado tímido...mas a temperatura estava elevada e o ar extremamente húmido. Se me tivessem enfiado no avião sem me dizer o destino acreditaria ter aterrado num qualquer país tropical!!
O caminho até ao hotel não despertou muito interesse em relação à capital finlandesa. Talvez pela luz do dia, talvez pelos edíficios elevados, a cidade, aos meus olhos, revelou-se cinzenta...a verdade é que o cansaço também era já algum. Havia, pois, que repôr energias antes de se iniciar a descoberta da cidade.
A Finlândia foi um país que sempre me suscitou imensa curiosidade, assim como todos os países nórdicos...talvez pela língua assustadoramente imperceptível, talvez pelo ar élfico das pessoas que os habitam, talvez pelo irrepreensível verde que inunda esse canto europeu, talvez pelas brilhantes paisagens brancas que são imagem de marca do Inverno nórdico, talvez pela quantidade de lendas e personagens do imaginário infantil que associo aos mesmos, seria todo um conjunto de factores que me levava a fantasiar com uma viagem por este território que até há bem pouco tempo me era tão inacessível!
E, fruto do meu job, eis-me a explorar território finlandês...
Saí!! Tinha retirado alguns pontos de interesse de sites pelo que me detive por aí, até porque, verdade seja dita, em qualquer dos sites os pontos de interesse resumiam-se a 3/4 áreas da cidade. E não me seduziu...não fui capaz de me cativar por esta cidade plantada à beira do Báltico com umas quantas ilhas verdejantes perfeitamente avistáveis da sua costa. É cinzenta! Para além de ser cara: é, praticamente, impossível comer por menos de 15/20 € (valores mínimos!!). Foi essa a impressão que retirei da cidade...talvez, numa outra oportunidade, venha a mudar a minha opinião.
Tem uma qualidade inegável: a rede de transportes!! Transportes que nos levam para outros locais...tão mais interessantes :)
A uma hora e meia ou duas horas e meia (depende do barco que se quiser apanhar: LindeLine ou VikingLine) de distância fica um dos, quase últimos, países a aderir à União Europeia: Estónia! A sua capital fica mesmo junto ao mar, tal como Helsínquia, mas a semelhança entre as duas termina aqui. Tallinn é uma cidade medieval, extremamente bem preservada, com uma forte presença do artesenato local nas diversas lojinhas que se encontram nas casas que transformam as ruas da capital numa palete de um pintor:
É uma cidade que combina a jovialidade dos seus habitantes com uma época há muito ultrapassada. Apesar de ser bastante turística, o que ficou comprovado pela quantidade de portugueses, espanhóis, italianos e franceses com que nos cruzámos, não desiludiu nem um bocadinho e ficou a vontade de voltar aquele cantinho do planeta para explorar os países adjacentes.
Atrever-me-ia a dizer que o melhor de Helsínquia é o barco para Tallinn se hoje não me tivesse "aventurado" a apanhar um autocarro até Porvoo, a cidade dos corações (título atribuído por MB). Situada a 51 km de Helsínquia, é a 2ª maior cidade da Finlândia...e é tão pequenina!! Também ela tem a água como elemento primordial e encanta pelas suas casinhas de madeira onde funcionam lojas de produtos da Finlândia.
A vontade era de comprar tudo!!! Mas não nos esqueçamos que nos mantemos em território finlandês e os preços mantêm-se num nível elevado :(...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
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